Oscar elaborou projetos paisagístico e acompanhou a execução de mais de 10 favelas em processo de reurbanização em São Paulo dentro do programa de proteção de mananciais.

A ocupação de solo urbano de forma desordenada resulta, paradoxalmente, em áreas otimizadas em termos de seu aproveitamento espacial. As construções e a própria configuração das favelas trazem à tona  um questionamento profundo quanto ao dimensionamento das moradias particulares e suas implantações. Ao percorrer as vielas, tem-se a sensação de ser transportado para alguma cidade medieval com entradas improváveis, vielas tortuosas e caminhos que passam por baixo de casas.

As favelas que passaram pelo processo de reurbanização foram beneficiadas pela implantação dos serviços de infraestrutura, saneamento básico e sistema viário. Parques lineares foram construídos ao longo de córregos tratados.

A melhoria na qualidade de vida e o resgate de dignidade humana dos moradores dessas comunidades é visível. As áreas livres foram dotadas de equipamentos, academias ao ar livre, quadras de esportes e áreas de recreação, fato incomum nos bairros das grandes metrópoles.

As áreas livres resultantes de retirada de casas com risco de desabamento e as encostas instáveis dos morros foram disponíveis para projetos paisagísticos e devidamente tratadas.

Em destaque a reurbanização de Jardim Iporanga. O aproveitamento das minas d’água interligadas como um rio e seus afluentes para brincadeira para as crianças rendeu ao projeto  prêmio na ANA (Agência Nacional das Águas). A vegetação indicada para o local é originária de mata ciliar dos rios paulistanos.